O Presidente Marcelo Guimarães Filho foi
convidado pelo Jornal Correio, para escrever um artigo de pauta livre,
que foi publicado na edição desta segunda-feira. Veja:
Quando assumi a presidência do Bahia, em 2009, encontrei o clube precisando de investimentos em todas as áreas, ao mesmo tempo em que urgia montar uma equipe competitiva. Um ano depois, o primeiro resultado: voltamos à Série A depois de sete anos fora da elite.
Quando assumi a presidência do Bahia, em 2009, encontrei o clube precisando de investimentos em todas as áreas, ao mesmo tempo em que urgia montar uma equipe competitiva. Um ano depois, o primeiro resultado: voltamos à Série A depois de sete anos fora da elite.
O ano de 2012 foi repleto de vitórias: Campeão
Baiano depois de 11 anos sem títulos, disputamos uma competição
internacional após 23 anos e ficamos entre os oito melhores da Copa do
Brasil após 10 anos. A divisão de base foi reestruturada e voltamos a
ter convocações para seleções: são 18 jovens até hoje. Conquistamos 31
títulos e fornecemos bons atletas ao profissional. Tudo isso enquanto
“colocávamos a casa em ordem”, do ponto de vista administrativo.
Mas não se pode ganhar sempre. Nos ciclos da vida,
como no futebol, colhemos vitórias e derrotas. Um ciclo termina e
criamos expectativas em relação ao que se inicia. É assim com o Ano
Novo, com jogos e campeonatos. Quando perdemos, sentimo-nos frustrados e
esquecemos o que já conseguimos. A tristeza e a decepção do torcedor,
que são igualmente minhas, transformaram-se em críticas à minha gestão.
Compreendo perfeitamente. No entanto, há fatos não divulgados e que
merecem ser conhecidos.
Após quatro anos e quatro meses como presidente,
posso olhar pra trás e ver muita coisa feita. Construímos bem aparelhada
academia, compramos equipamentos para a fisiologia, fisioterapia,
ortodontia e departamento médico, reformamos quatro campos no Fazendão, a
sala de imprensa e modernizamos a cozinha e o refeitório.
Houve significativa evolução no pagamento dos
salários dos funcionários, que antes chegavam a atrasar cinco meses. Se
ainda não alcançamos o ideal, estamos bem mais perto.
Prometi reformar o estatuto e possibilitar o voto à
presidência. Cumpri a promessa este ano, mesmo enfrentando obstáculos e
críticas. Hoje, sócios patrimoniais em dia com as obrigações podem
votar nas eleições presidenciais, como em outros grandes clubes do
Brasil. No entanto, entendo que mudanças no estatuto podem - e vão -
avançar.
A aquisição do novo ônibus, que faz o torcedor se
orgulhar do time e oferece mais conforto e segurança à comissão técnica e
aos jogadores, também foi uma conquista. A Cidade Tricolor, o novo
Centro de Treinamento, será entregue ainda este ano. Com mais de 300 mil
m², será dos mais modernos do Brasil.
As conquistas não param aí. Visando avançar na
modernização da instituição, contratamos novos profissionais para os
setores financeiro, jurídico e administrativo. Isso fez com que
conseguíssemos obter uma melhor gestão das finanças do clube.
No intuito de tornar transparente nossa
administração, publicamos o balanço financeiro - que passou por
auditoria externa e independente - no nosso site. Em 2012, as contas
fecharam com déficit de R$ 2 milhões, o melhor desempenho da nossa
história. A previsão para 2013 é que o saldo seja positivo.
Ainda haveria muito a dizer, mas o mais importante é
mostrar que uma mudança estrutural, porém pouco conhecida, está em
curso no Bahia. O futebol brasileiro está se modernizando e nós estamos
acompanhando. Ganhar ou perder em campo faz parte do jogo. Ninguém ganha
sempre. O que não podemos é perder o bonde da história.
Para que isso não aconteça, estamos plantando as
sementes de um futuro glorioso para o nosso Bahia. Um futuro condizente
com nosso passado e com a força da nossa torcida.
Marcelo Guimarães Filho é presidente do Esporte Clube Bahia
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