domingo, 17 de fevereiro de 2013

Vitória 1 x 4 Ceará: arbitragem atrapalhada

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Sereno, o treinador Caio Júnior reconhece que o Vitória não teve competência para vencer o jogo. Ele, no entanto, está convencido que a não confirmação do gol de Renato Cajá, quando o placar estava 0 a 0, foi decisivo para a eliminação do time rubro-negro das semifinais da Copa do Nordeste.

“Achei que a equipe estava muito coordenada e equilibrada. O lance capital do jogo foi o gol do Cajá (Renato). Revi o lance no vestiário (o jogo foi gravado) e foi um absurdo o árbitro marcar falta do Nicácio (Marcelo) que não teve interferência nenhuma no lance. A bola é alçada no primeiro pau, Nicácio disputa a bola com o zagueiro, e o Cajá faz o gol. Dentro da normalidade do jogo, 1 a 0 faria uma enorme diferença porque o Ceará teria que fazer três gols”.

Caio ilustra com a expulsão de Escudero as críticas ao árbitro pernambucano.“Achei que o Escudero, por exemplo, um jogador de nível alto, acostumado a jogos internacionais, se revoltou logo no início do jogo com o árbitro. Está revolta atrapalhou muito a concentração do jogador. Escudero se revoltou com a qualidade da arbitragem e foi ao limite quando ele não deu o pênalti em Dinei”.

Mas Caio concorda que o time falhou e, por isso, está eliminado das semifinais: “Infelizmente não tivemos a capacidade de fazer gols. Pela quantidade enorme de oportunidade podíamos ter feito três ou quatro gols que nos dariam a classificação. Agora é absorver e trabalhar para o Campeonato Estadual”.

Quando questionado sobre os dois gols em cobranças de escanteios, o treinador disse: “Ai a responsabilidade é minha. Como treinador, quando minha equipe falha, eu tenho que assumir. No segundo gol, o número 4 (Rafael Vaz) estava sozinho, o que é inadmissível porque a marcação é individual. Isso desestabilizou a equipe e deu moral para o Ceará. Mesmo assim tivemos a situação do Nino que foi um lance incrível (chute na trave), era 1 a 1 e mudaria de novo o jogo”.

O treinador lembrou ainda outro lance, com Luís Alberto, nos primeiros minutos do segundo tempo. O volante acertou um chute na trave, com Fernando Henrique batido. “No segundo tempo, nós começamos o jogo com a possibilidade de fazer 2 a 1. Luís Alberto chuta a bola na trave e já estava comemorando. Aquele lance também foi decisivo porque era 2 a 1 muito cedo e nos daria confiança. Mas a tarde não era do Vitória e logo em seguida tomamos dois gols”.

Apesar da eliminação, Caio ficou satisfeito com a evolução do time. “Agora vamos trabalhar para o estadual e formar a equipe para o Brasileiro. Foi uma tarde desastrosa e só acontece no futebol. Tanto pelo fato de nós tomarmos quatro gols para uma equipe que vinha sendo regular como pela atuação da arbitragem. Infelizmente tenho que tocar nisso. Eu sou muito educado e correto. A anulação do gol do Cajá é inadmissível e a não marcação do pênalti em Dinei é inadmissível também. Vi o lance. Se não quisesse dar o pênalti no primeiro lance teria que dar a falta de Fernando Henrique. Ali ele (árbitro) acabou o jogo. Expulsou todo mundo”, completa o treinador.
 

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