terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Orçamento: O problema de Bahia e Vitória

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Os torcedores do Bahia e Vitória, em nome da rivalidade, brigam o ano todo, cada um dentro da sua pobreza histórica para saber quem é o melhor. O ano que vem ambos vão disputar o Brasileiro de Série A mas, desde já, podemos prever todas as dificuldades e imaginar que a briga será saber qual dos clubes irá sobreviver.

O orçamento pequeno, a falta de estrutura, as dificuldades em contratar, são os grandes problemas. A Tribuna da Bahia, novamente com ótima matéria, revela como somos pequenos e mostra a disparidade dos orçamentos dos clubes baianos em relação aos clubes do sul.

Bahia e Vitória deverão movimentar orçamentos semelhantes para a formação dos seus times, em torno de R$ 60 milhões, um pouco a mais, um pouco a menos, para a temporada de 2013, investindo mais no 2º semestre, com uma folha do Departamento de Futebol profissional acima de R$ 2,5 milhões mensais.

Ainda assim é muito pouco, irrisório para se pensar num grupo forte que se habilite à conquista do título do Campeonato Brasileiro, e perigosamente baixo para montar uma equipe de alto nível que garanta o clube na elite do futebol brasileiro em 2014.

Depois de 10 anos o futebol baiano volta a ter os seus dois principais clubes, Bahia e Vitória, na Série A. No levantamento estatístico do professor Marcelo Lopes Monteiro, os números do Campeonato Brasileiro são cruéis com relação aos clubes do Norte-Nordeste do Brasil.

No Brasileirão de pontos corridos é assim: até aqui, nunca um time nordestino ficou mais do que três anos seguidos na Série A.

É muito difícil para clubes, como Bahia e Vitória, competirem com os times do Sul e Sudeste, com orçamentos que não chegam sequer à metade da previsão orçamentária de mais de metade dos 20 clubes, que disputam a Série A e brigam pelo título e as vagas brasileiras para a Taça Libertadores da América, alguns como São Paulo, Corinthians, Internacional de Porto Alegre, Atlético Mineiro, com orçamento acima dos R$ 300 milhões.

Dentro dessa realidade financeira e desequilíbrio de forças – os quadros sociais dos clubes é que fazem esta diferença e define os clubes entre grandes médios e pequenos - lógica, que está ocorrendo desde a 1ª edição do Brasileirão de pontos corridos em 2003.

Números radicais e cruéis que, pela estatística, apontam para o Bahia, que voltou à Série A em 2011 e disputou dois anos para não entrar na zona de rebaixamento, escapando este ano na 38ª e última rodada com o triunfo de 1 a 0 sobre o Atlético-GO, em Goiânia.

Ou o Tricolor mostra mais competência em 2013, ou estatisticamente ele passa a fazer parte do grupo dos clubes que não conseguem sobreviver mais do que três anos na elite do futebol brasileiro.

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