38 jogos, sendo 19 dentro de casa com o apoio torcida do Bahia, ainda assim, o tricolor não foi capaz de fazer o simples para abrandar o sofrimento do seu torcedor, torcedor esse que, aliás, deveria ser a razão da sua própria existência, já que é a base da sua sustentação e motivo da sua sobrevivência, depois de uma década de abandono, tricolores que admitem e aceitam, de modo resignado, a condição de mero participante da primeira divisão.
Não esperam milagres, não cantam de galo ou exigem feitos milagrosos como no passado e, sem alternativa, se contentam, até como consolo, estar no bolo dos 16 clubes dos 20 que têm direito aos assentos para a temporada seguinte, só isto.
Evidente que existem aqueles românticos que ainda cultuam ilusões e esperam ver renascer, do nada, um time capaz de reeditar um Bahia da era da liga verdadeiramente de aço, como fez Charles Zé Carlos e outros, mas são raros, são pouquíssimos e estes, se se auto-avaliarem, logo saberão que, novamente e como sempre, que a razão como na poesia, perde espaço para paixão no seu conceito.
Somos menores, não por complexo de inferioridade, pessimismo exagerado, falta de fé ou nada do tipo, somos menores porque, infelizmente, essa acusação é promovida com base e consistência pelo histórico observado na tabela de classificação dos últimos anos, onde estamos devidamente inseridos entre os piores, quando não, somos rebaixados, seja por falta estrutura ou má administração do destino do clube, ou ambos ou tudo isto e muito mais.
Claro que existe esperança que em uma longa sequência no Brasileiro da Série A, o Bahia possa ganhar rumo, apanhar prumo e, ano a ano, na disputa, ganhe peso e se estabeleça como integrante da Série A, naturalmente. Mas até então nada mudou, mas ainda assim, e por ser o segundo ano da competição, as expectativas eram melhores e, como tal, esperavam-se pequenos avanços, ainda com a pobreza mantida e as contratações ainda consistindo, basicamente, no aproveitamento das sobras de sinistros ou jogadores veteranos e fora de linha e mercado que chegam ao Fazendão, remoçados e com status de estrelas, privilegiando uma tal visibilidade, traço marcante no espírito de falsa grandeza do atual presidente, em prejuízo da competitividade e os exemplos são: Zé Roberto, Mancine e Kleberson, resultando como a consequência a agonia que teremos de vivenciar hoje à tarde, contra o Atlético-GO, no Serra Dourada.
Novamente, a praticidade da tabela de classificação, agora atualizada para o ano de 2012, mostra que, infelizmente, não houve avanços, pelo contrário, ao que assistimos foi a uma campanha com nível de dificuldade maior e com menor apoio da torcida, comparativamente ao ano passado, em um autêntico pé atrás, que fica evidente quando o time chega à última rodada da competição com uma corda no pescoço, a cueca um pouco abaixo dos joelhos e seus torcedores chamando por mamãe.
Mesmo sabendo que ninguém é insano ao limite de acreditar que iríamos entrar e arrebentar, e que poderíamos sair da lama e entrar na fama em pouco tempo, não implica dizer, de jeito nenhum, que o sofrimento a que somos submetidos, pela incompetência por seis meses de absoluta incerteza diante do sofrimento ininterrupto, sem pausa ou trégua para atingir o mínimo dos mínimos do necessário, é algo tolerável e admissível para o clube que tem a maior e melhor torcida do estado e o maior prestígio, destacadamente na região do Norte e Nordeste.
Daí, é impossível antes de torcer como um desesperado pelo Bahia hoje à tarde, na luta que trava para fugir da degola, sem registrar o desapontamento e o descontentamento com este quadro, que transformou as quartas e domingo do torcedor do Bahia em sinônimo de aflições e severas dúvidas, se seus anseios mais modestos e simplistas serão atingidos hoje à tarde ou se seu sofrimento de seis meses, pelo menos, valeu a pena.
Se cair, não será surpresa. O sofrimento, parte dele, era esperado e foi dito aqui no dia do jogo de estréia no atual Campeonato Brasileiro, quando o Bahia empatou em 0 x 0 com o time misto do Santos em Pituaçu, em uma noite chuvosa, que já prenunciava o temporal de agonia que terá fim, ou não, na tarde deste Domingo.
Portanto, São Antônio jamais me enganou. Veja aqui
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