sábado, 1 de dezembro de 2012

Hoje é dia de “louvor” para evitar a morte súbita

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O Tricolor de Aço não fez sequer a metade de seu dever de casa e, por causa disso, pôs seu torcedor numa situação complicada. Mas, talvez devido a esta situação terrível já perdurar 15 anos, o torcedor não esteja aflito, embora esteja preocupado. Afinal, até mesmo com o horror, aprende-se a conviver. Esta situação em que se encontra o torcedor deriva do estado de torpor que toma conta do Clube, estado este provocado pela incompetência que, ajudada pela arrogância e por laivos de molecagem, se tornou crônica dentro do Esporte Clube Bahia.

Porém o momento não é de acusações, nem de perdermos nosso tempo com gente que não vale nada e que se apropria de nosso time para mantê-lo indigente. A hora é de torcermos para tudo dar certo amanhã, e tudo dará certo amanhã. O Bahia vencerá, e nós faremos a festa na cidade, ou melhor, como se trata do Bahia, a festa será em todo o Estado e fora dele, sobretudo no bairro de Santa Cecília. Aos torcedores que retrucarem que nada há para comemorar, eu devo refutar dizendo que existe sim: mantermo-nos na série A, que oferece prestígio e mais renda ao Clube. Ele é só mero coadjuvante na série A? Até o momento, sim, e eu não solto foguetes por isto, mas é melhor do que ser o ator principal na série B. Além do que, amanhã quem estará jogando é o Esporte Clube Bahia e, se ele ganhar, será motivo de festa, como sempre o foi pela simples razão de o Bahia vencer mais um jogo: “o Bahia jogou? Ôba; o Bahia ganhou? Ôba; eu sou Bahia de coração, minha alegria é o Esquadrão”.

Como somos baianos, nada custa pedir a ajuda dos santos e, como todos sabem, a Bahia é a terra de todos eles. Façamos, portanto, “louvores”, “rezas” (não precisam se preocupar, porque na Bahia profano e sagrado não se confundem, mas têm muita intimidade entre si, portanto nas “rezas” pode ter bebida alcoólica para quem quiser). Somos torcedores do Bahia, não temos receio de alguém considerar nosso comportamento ridículo; somos e devemos ser irracionais, porque a racionalidade, entre as suas definições que conheço, não autoriza ninguém a torcer por time nenhum, logo, só por nós torcermos por algum time, estamos nos comportando irracionalmente. E quando se trata do Bahia, meus caros, aí é paixão em sua forma mais pura: “ a razão é e deve ser escrava da paixão e não deve aspirar a outra coisa senão servi-la”, Hume estava certo, e nós tricolores também.

Amanhã só vai dar o Esquadrão de Aço.

Dinensen

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