terça-feira, 20 de novembro de 2012

E.C Vitória: apatia ou esperança

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Confesso que estou completamente anestesiado, indiferente, sou um ser apático. Não vibro com o gol, não me abalo com as derrotas. Poderia assistir aos jogos em um fino restaurante ao som de uma boa música para burguês jantar, que ninguém ousaria dizer que naquela mesa ao lado se encontra alguém que antes era um insano torcedor. Até a alegria dos outros resistentes torcedores anda a me incomodar. “Por que eles ainda fazem isto?”.

Após o jogo contra o CAP resolvi seguir por este caminho e estou conseguindo com relativo sucesso e muito antes do que esperava, até porque não imaginava que o time cooperasse com tanto afinco. Sim, eles – mas não só – estão se empenhando em nos sacanear. Se o Vitória não subir, não sei qual será a minha reação, nem por qual sentimento serei tomado. Provavelmente dê dois palavrões, ambos direcionados a Alexi Portela, e siga meu caminho de volta para casa como um bom cidadão que o Vitória acaba de me transformar.

Única certeza que tenho é a de que não sairei radiante do Barradão se a nossa provável ascensão se confirmar. Talvez até tome uma, igual ao trabalhador que sou e que faz o mesmo nos primeiros dias do mês, num ato mais simbólico do que qualquer outra coisa, para logo em seguida recomeçar outra vez. Nada além disto me permito, consigo e desejo. Nem o hino no rádio, nem abraços de alegria, nem mensagens para torcedores de outras cores avisando que voltamos. Na verdade, quanto mais discreto for este momento, melhor. - Continua aqui -

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