quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Santos x Bahia e o suposto título da série "B"

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Tão espalhando pela cidade um delírio contagioso, não contagiante, em vermelho e preto, que está "se achando" a última cueca furada de Luís XVI e a caçola armengada de Maria Antonieta tão só porque ganharam o título simbólico do 1ª turno de um campeonato de pontos corridos da série "B", como esta fantasmagoria pudesse equivaler-se a um título nacional da primeira divisão! O baluarte de todas as letras poéticas do time do aterro teve a ousadia de comparar campeonatos de divisões diferentes e desmerecer o Bicampeonato brasileiro do único Campeão Brasileiro do Nordeste, o E.C.Bahia.

Aliás, a fundação da ideia da democracia moderna do ilustre Jean Jaques Rousseau,  desde que o francês escreveu "a origem da desigualdade entre os homens" e fundou a diferença fundamental para todas as nações civilizadas do mundo, estabeleceu uma diferença clássica até hoje não superada pelas fantasmagorias aristocráticas, é a diferença entre um homem e um animal, um super-homem e um leão. Como pode um time com um mascote em extinção e num campeonato de times fracos, sem o seu maior rival, achar que foi Campeão de algo a não ser num delírio escatológico da disgrama, uma espécie de orgasmo precoce e sem par na história do futebol brasileiro?

Afinal, nossa perfectibilidade tricolor, a ideia moderna de aperfeiçoamento cultural, diferença fundamente entre leões e homens, ao contrário das aristocráticas ideias fundadas na possibilidade da superioridade da inteligência animal sobre a humana, foram derrotadas por gigantes no futebol baiano e brasileiro fielmente por duas vezes aqui na  Bahia e por um único time que personifica a superioridade incontestável do super-homem tricolor em nos anos de 1959 e 1988. Bobô, Marito, Zé Carlos e cia. são os eleitos pelas graças dos homens racionais, os verdadeiros símbolos da superação sobre os times que achavam que baiano gostava de jogar só campeonato baiano porque sempre dava empate em folclore e festa.

Não resta dúvida que jogar contra o Santos e o Internacional, Vasco e contra Pelé, também contra Taffarel e o Fluminense de Washington e etc., calando todo o Brasil, e ganhar por derradeiras horas de delírio triunfal da inteligência baiana sobre a soberba aristocrática do sul/sudeste, tem um valor talvez superior a derrubada da Bastilha, ou mesmo a tomada do poder pelo povo e o iluminar para todos os quadrantes da luz da revolução da liberdade pelo homens dos impulsos bestiais do clero e da realeza, dos leões e dos vaticínios morais sagrados. Salve Bobô, Biriba e o time espetacular que foi carregado pela Bahia!

Não vão dizer que só falo da história, de momentos que passaram! Não passaram! Digo-lhes do fundo do peito que essa história foi ontem e hoje, e está se passando agora aos meus olhos com todos os ingredientes de felicidade e amor por um clube, o E.C.Bahia, numa identidade e cores emblemáticas da liberdade, igualdade e fraternidade. As angústias de momentos ruins passam, mas o eterno revigorar das conquistas eternas estão guardadas no olimpo, nas mais altas vestes do querer humano.

Estatística e nada

Estão rebaixando o tricolor. Tudo bem, que rebaixem o tricolor, ele levanta de novo. Mas, ainda o Bahia não caiu e a casa tá de pé apesar das fundações não serem ainda adequadas, há de chegar o dia, mas por enquanto o time está vivo e a competição não parrou para o Bahia ver o precipício. Por isso, mesmo com tudo contra, a razão, as estatísticas e a própria diretoria do Bahia, o Bahia vai lutar pela sua torcida, porque o tricolor é de sua torcida e ele não cairá tão morto assim como dão.


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