A última vez que vi o Bahia em uma competição internacional, saí da Fonte Nova direto pra o pediatra, com uma gripe miserável, conquistadano chuvoso 0a0 contra o Internacional. O Tricolor perdia a classificação para semi final, justamente para o time havia vencido na final do Brasileirão. A última vez que o Bahia havia perdido para o São Paulo, em Salvador, meu pai estava se alistando no exército, em plena ditadura militar.
De volta para o futuro, os tricolores paulista e baiano se enfrentavam pela segunda vez no ano. Dessa vez, pela Copa Sulamericana. Lembrei do jogo no Morumbi, onde encaramos o time de Luis Fabiano de igual pra igual e perdemos num detalhe. Logo, a certeza de um bom jogo pairava sobre Pituaçu. Mas quando a partida começou parecia que os times tinham objetivos diferentes.
O São Paulo queria começar bem, para dar uma boa arrancada ao título da competição. Caio Junior havia exaltado a competição, antes do jogo, edito que o Bahia precisava voltar a vencer em casa para dar alegria a sua torcida, entrou com três volantes na partida. Pra quem quer vencer, foi um pouco estranho, mas vamos lá...
O Bahia, atônito, demorou 15 minutos pra entrar em campo.Tempo suficiente para o meio de campo com 3 volantes, assistir um meia sãopaulino driblar todo mundo e ser derrubado perto da área. Rogério Ceni abre o placar com uma bola indefensável para Marcelo Lomba. Depois disso o jogo equilibrou, o Bahia partiu pra cima, sobrava garra, mas faltava técnica. Fim do primeiro tempo e mesmo debaixo de chuva todos pensavam no jogo do ano passado: no segundo tempo, a gente reverte o placar...
Nada. O time voltou com disposição, sem Gerley (que não entrou em campo) e com mais um retorno de Ávine. Primeiro lance do menino maluquinho e num cruzamento de escanteio, quase o empate. Depois Souza fintou o zagueiro e chuto esquisito para defesa de Rogério Ceni. Aí Zé Roberto foi poupado para o jogo contra o Grêmio e entrou Nulinha. Ciro também entrou no lugar de Junior e fez o mesmo que o substituído. Nada.
Numa bola dominada, passe errado do “menino da base”, Gil Bahia. Contra ataque LENTO e os três volantes mais quatro zagueiros, não conseguiram marcar os 3 sãopaulinos que andaram para do meio de campo até a área Tricolor para fechar o caixão.
Game Over. A competição internacional, apesar do jogo de volta, acabou ali. Revoltado, pensei: “não é possível que não tinha nenhum meia de armação no banco de reservas. Será que Caio Jr não imaginou que com três volantes e três atacantes (Ciro, Souza e Nulinha) a ligação ficaria mais difícil? “Eis que surge a coletiva e o técnico do Bahia responde as minhas dúvidas. Ele deixou claro que poupou o time, priorizando o jogo contra o Grêmio pelo Brasileirão. Afirmou, ainda, que quem avança na Sulamericana é prejudica dono Brasileirão (algo que falei sobre a Copa do Brasil). Aí a chateação passou...
Bora Baêa Minha Porra! Tomei uma chuva da “miséra” pra o sacana do técnico me dizer que tinha poupado o time, mas tudo certo. Se vencer o Grêmio, está perdoado :). Mas que foi feio hoje, ah isso foi.... Ainda resta, pelo menos, uma etapa da Sulamericana para disputar, mas Caio Jr já avisou que está focado no Brasileirão... Vamos ver. Se der certo, aplaudirei. Se não...
Porém, uma coisa é certa: é bom voltar a uma competição internacional. E ainda temos outro jogo, apesar da situação dificílima de ser revertida. Mas como diria a oração de São Caetano: “lançai vossa mão poderosa a fim de que reine entre nós o espírito de fé”.
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