Na última quinta-feira, as otoridades baianas, representantes de clubes e de torcidas organizadas reuniram-se, uma vez mais, para tratar da questão da violência. A solução apresentada agora, torcida única nos clássicos, é um atestado de impotência e incompetência. O monstro foi criado e cevado – e agora querem penalizar quem não tem nada a ver com peixe (Atenção, sardinhas, isto não é um trocadilho).
Pois bem. O tema está na pauta e na segunda-feira tratarei dele. Para iniciar a prosa, reproduzo um texto do menino Anrafel publicado aqui mesmo há pouco mais de dois anos. (Franciel Cruz)
No início, era a Bamor. Não se sabe que diretoria cometeu aquele que não foi o maior nem o menor erro na gestão do Bahia: dar corda (recursos) demasiadamente aos caras.
Hoje a gang, digo, a organizada se subdivide em ‘distritos’. Deve ter recebido consultoria de algum policial, provavelmente de quem, reprovado no psicoteste, recorreu ao Judiciário (nunca mais escrevo Justiça) para ingressar na corporação. A intenção é claramente bélica, de confronto.
Mas aí veio a Os Imbatíveis. Diante da estrutura da organizada rival a intenção era fazer uma espécie de guerra de guerrilha. Nunca foi suficientemente desmentido o projeto de confrontar violentamente a Bamor. Não são de hoje os encontros marcados pela Internet, é capaz até da polícia ter disso conhecimento.
Vale observar que a TUI se consolidou na era Paulo Carneiro, que, inclusive, se tivesse algum apreço pelo torcedor, arregimentaria da milícia os seus seguranças. Mas, não, ao que parece, preferiu funcionários do seu arquiinimigo Marcelo Guimarães Pai.
Na verdade, existe uma guerra mais ou menos declarada. Não me surpreenderia se, semelhante ao tráfico de drogas que paga estudo para futuros advogados, as duas quadrilhas financiassem academias de jiu-jitsu ou vale-tudo para o seu destacamento de vanguarda.
Hoje, o ovo da serpente está prestes a arrebentar e justo naquela que já foi a praça futebolística mais aprazível, mais civilizada. A polícia limita-se a combater eqüestremente (deixa o trema, revisor membro de organizada!) as conseqüências (idem!) e a imprensa, ah a imprensa! Limita-se a dizer que trata-se de uma minoria – só que 49% em relação a 51% também é minoria.
Torcendo para que a coisa não degringole de vez, fico pensando: meu Deus, será que até para torcer as pessoas precisam fazer parte de uma confraria? Por que não torcer à capella e, na hora certa, solicitar o acompanhamento festivo dos amigos? Ou seria covardia, prevendo companhia para o desejado confronto?
Eu achava que em termos esportivos a anomalia principal era ficar 2 horas em frente à televisão assistindo vôlei de praia. Agora, com esses psicopatas, mudei de idéia. Tarja preta neles. Ou cadeia.
* Anrafel é uma sigla, um homem, um mito, um pentelho que sempre está à espreita na briosa caixa de comentários desta intimorata.
Hoje a gang, digo, a organizada se subdivide em ‘distritos’. Deve ter recebido consultoria de algum policial, provavelmente de quem, reprovado no psicoteste, recorreu ao Judiciário (nunca mais escrevo Justiça) para ingressar na corporação. A intenção é claramente bélica, de confronto.
Mas aí veio a Os Imbatíveis. Diante da estrutura da organizada rival a intenção era fazer uma espécie de guerra de guerrilha. Nunca foi suficientemente desmentido o projeto de confrontar violentamente a Bamor. Não são de hoje os encontros marcados pela Internet, é capaz até da polícia ter disso conhecimento.
Vale observar que a TUI se consolidou na era Paulo Carneiro, que, inclusive, se tivesse algum apreço pelo torcedor, arregimentaria da milícia os seus seguranças. Mas, não, ao que parece, preferiu funcionários do seu arquiinimigo Marcelo Guimarães Pai.
Na verdade, existe uma guerra mais ou menos declarada. Não me surpreenderia se, semelhante ao tráfico de drogas que paga estudo para futuros advogados, as duas quadrilhas financiassem academias de jiu-jitsu ou vale-tudo para o seu destacamento de vanguarda.
Hoje, o ovo da serpente está prestes a arrebentar e justo naquela que já foi a praça futebolística mais aprazível, mais civilizada. A polícia limita-se a combater eqüestremente (deixa o trema, revisor membro de organizada!) as conseqüências (idem!) e a imprensa, ah a imprensa! Limita-se a dizer que trata-se de uma minoria – só que 49% em relação a 51% também é minoria.
Torcendo para que a coisa não degringole de vez, fico pensando: meu Deus, será que até para torcer as pessoas precisam fazer parte de uma confraria? Por que não torcer à capella e, na hora certa, solicitar o acompanhamento festivo dos amigos? Ou seria covardia, prevendo companhia para o desejado confronto?
Eu achava que em termos esportivos a anomalia principal era ficar 2 horas em frente à televisão assistindo vôlei de praia. Agora, com esses psicopatas, mudei de idéia. Tarja preta neles. Ou cadeia.
* Anrafel é uma sigla, um homem, um mito, um pentelho que sempre está à espreita na briosa caixa de comentários desta intimorata.
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