Estranheza e indignação. Essas são as palavras que resumem os meus mais íntimos sentimentos após a publicação do novo ranking da CBF. Como pode o Esporte Clube Bahia subir cinco posições com a incorporação de pontos, principalmente, da Taça Brasil de 1959?
O que mais podemos esperar do Sr. Ricardo Teixeira?
Trata-se nitidamente de uma manobra política com o evidente intuito de beneficiar alguns poucos clubes nacionais. A magnitude fantasiosa dispensada a uma conquista de 50 longínquos anos envergonha a todos os amantes do futebol brasileiro.
Afinal, quanto vale um título brasileiro conquistado por um clube do nordeste?
Com certeza, meus caros amigos, vale em dobro, triplo ou quádruplo!
São conquistas auferidas em campo, com o suor e a raça de seus jogadores e sem o “apito amigo”, sem vultosas somas de dinheiro, sem o forte apelo midiático, sem a pressão de patrocinadores, sem jogadores “selecionáveis”, sem matérias heróicas no Globo Esporte e fugindo da retórica bairrista de que o Nordeste do Brasil apenas produz mandioca e crianças desnutridas.
São títulos genuinamente oriundos do comprometimento dos atletas com a torcida, pois eles próprios se confundem em essência. Quem são os jogadores, se não também torcedores!?
Aquelas duas estrelas são marcos libertários de um povo sabidamente crente que seu clube de coração é capaz de vencer todas as adversidades dentro e fora de campo.
Portanto, dane-se Ricardo Teixeira e seu ranking de clubes!
Os títulos do meu Bahia valem muito mais que 1586 pontos. Eles são, na verdade, a força e o orgulho do povo baiano.
Paulo Gomes
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