A segunda divisão do Campeonato Brasileiro chega ao final da sexta rodada confirmando o que todos imaginávamos: o baixo nível técnico dos times e a baixa atratividade do torneio. Essa é a cara e a alma da competição tão temida por quem se acha no direito de ter um lugar cativo na divisão de elite, como nossos clubes baianos.Mesmo os ditos favoritos, como o Sport, Goiás, Guarani e Vitória, estão apresentando um futebol abaixo da crítica, deixando claro que se não melhorarem muito, não conseguirão o retorno, comprometendo sobremaneira a pretensão de destaque em nível nacional a médio prazo.
O reflexo da baixa qualidade se vê nas arquibancadas e não poderia ser diferente. Jogos com centenas, e as vezes dezenas de torcedores, sem gerar receitas mínimas para cobrir os custos do “espetáculo”. A média geral de público presente está na casa dos 5 mil, mas algumas equipes não chegam a ter sequer 1 mil assistentes por partida.
Mesmo os líderes de público se utilizam de promoções para conseguir atrair seus seguidores. O Sport que lidera com 17 mil presentes, tem como aliada a parceria com o governo estadual que libera 8 mil ingressos por troca de nota fiscal, fora 1 mil não pagantes que lá é registrado no borderô. O segundo e terceiro colocado em publico apelaram para promoções ainda mais ousadas. O Barueri e o Goiás que têm uma média superior a 13 mil torcedores, estão “cobrando” valores que variam entre 5, 3, 2 e até 1 real.
É certo que o campeonato está só começando (15% dos pontos foram disputados) e que as equipes ainda estão se formando (o que já deveriam ter feito desde o começo da temporada), mesmo assim não dá para aceitar o baixo rendimento de alguns times como o Esporte Clube Vitória.
O Rubro Negro Baiano tem uma oportunidade excelente para dar a volta por cima fazendo uma campanha de retorno convincente inflamando seu torcedor que certamente mostrará sua cara e empurrará com muita vibração, mas para isso o futebol apresentado tem que deixar de ser do nível do campeonato, medíocre.
Victor Hugo
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