quarta-feira, 20 de abril de 2011

Em busca da felicidade, Esquadrão!

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O que é preciso para entusiasmar a torcida do Bahia? A pergunta parece descabida porque a nação tricolor é orgulhosa por natureza. No caso, porém, hoje basta um pequeno incêncidio, uma simples passagem de fase da Copa do Brasil, para transformar a cidade da Bahia em uma primavera parisiense com camisas tricolores orgulhosas exibindo no corpo sua majestade, o nosso amor pelo Esquadrão.

O Bahia vive de glórias. O Esquadrão de Aço reencontra-se consigo mesmo nesses momentos decisivos quando baianos em campo dilatam o futebol para uma outra geografia: o peito do tricolor. No peito do tricolor bate um coração no ritmo do hino que coroa nossa torcida com a epopépia de um povo, como se sua vibração encarnasse em campo o destemido povo baiano. Toda comemoração do Bahia é uma satisfação hedonista da alegria também de ser baiano.

Os momentos difíceis do Esquadrão são vividos como dificuldades do seu povo em se libertar dos seus opressores, os momentos de glória como concentração da festa de libertação de um povo antes cativo. Tudo no Bahia é inconmensuravelmente desmedido, louco, desrazoável, até porque um bom tricolor mesmo sem a classificação no jogo de hoje contra o Atlético-PR saberá honrar o compromisso dos jogadores caso estes encarnem esse espírito criativo e orgulhoso do nosso Bahia que adora ser narcisista.

O Bahia, contudo, amanhã em caso de triunfo, será carregado pelo seu povo no aeroporto, como heróis, mesmo sem um título. A superação é mais do que motivo para comemorar pela torcida tricolor, é motivo de festa e agradecimento. O torcedor do Bahia não dobra o rosto para quem o representa com alegria e orgulho, ao contrário, ele louva gestos como o de Maurício, jogador de Esquadrão, que chamou a responsabilidade para si de representar o coração do time que vai para frente e envolve.

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