EMBORA tenhamos escrito ontem um post a respeito desse processo, resolvemos atualizar o conteúdo com base nas últimas informações, dando conta da decisão dos clubes do Rio de negociarem separadamente seus jogos. E sobre isso, temos alguns comentários importantes.
A LEI PELÉ é diferente da legislação espanhola, em que os clubes podem negociar individualmente. Lá eles negociam apenas os jogos em que são mandantes. Aqui, os direitos são extensivos a todos os jogos, às imagens dos clubes, não importando aonde estejam jogando. Portanto, se os quatro clubes do Rio negociarem em separado sem a anuência dos outros, a empresa compradora só poderá passar os jogos entre os quatro.
FOI DESSA FORMA que o "Clube dos 11" no passado, em que fazíamos parte, enfrentou aquela discriminação contra os menores.
O SEGUNDO PONTO é que a decisão anunciada não está acompanhada da saída do Clube dos 13. E por força de contrato, eles não podem negociar sem sair da entidade.
POR TRÁS desse movimento estão CBF, GLOBO E TRAFFIC - esta última preocupada em negociar a imagem de Ronaldinho Gaúcho e entendendo que a Globo é melhor para seus interesses. Por isso, fez força e reaproximou o Flamengo da CBF.
MAS ESSE IMPASSE pode dar força à Record para tentar, individualmente, comprar direitos de transmissão embora as dificuldades sejam as mesmas por força da Lei Pelé.
NOS DOIS CASOS, uma negociação individual retira o CADE do processo.
PARA GLOBO, a licitação estava muito organizada e isso não interessa à ela. O CADE estabeleceu condições de neutralidade no processo para o Clube dos 13, mas não pode interferir nos interesses individuais dos clubes.
NA FECHADA, ao contrário do que afirmara no post anterior, tanto a Oi como a Telefônica e a GVT estão participando das conversas, mas não sabemos se vão apresentar preços. A ESPN é parceira da Globo e recentemente trocaram conteúdo para livrar a barra da emissora carioca da suspeita de monopólio nas transmissões. Tanto que hoje a Globosat passa Campeonato Italiano e a ESPN passa a Copa do Brasil.
ACHO que, apesar de um contrato como este mudar completamente a base de assinantes, superando qualquer receita publicitária e qualquer programa institucional, a Globosat é a grande favorita. Mesmo sabendo que o PPV (Pay-per-view) interessa mais às operadoras que as empresas de canal como a SPORTV, da Globosat. A Sky tem um acordo com a Globosat para não comprar direitos esportivos e isso é uma grande vantagem para a emissora.
PARA os menores só a união entre eles, com base na Lei Pelé, poderão aumentar seu poder de barganha.
Escrito por Paulo Carneiro.
A LEI PELÉ é diferente da legislação espanhola, em que os clubes podem negociar individualmente. Lá eles negociam apenas os jogos em que são mandantes. Aqui, os direitos são extensivos a todos os jogos, às imagens dos clubes, não importando aonde estejam jogando. Portanto, se os quatro clubes do Rio negociarem em separado sem a anuência dos outros, a empresa compradora só poderá passar os jogos entre os quatro.
FOI DESSA FORMA que o "Clube dos 11" no passado, em que fazíamos parte, enfrentou aquela discriminação contra os menores.
O SEGUNDO PONTO é que a decisão anunciada não está acompanhada da saída do Clube dos 13. E por força de contrato, eles não podem negociar sem sair da entidade.
POR TRÁS desse movimento estão CBF, GLOBO E TRAFFIC - esta última preocupada em negociar a imagem de Ronaldinho Gaúcho e entendendo que a Globo é melhor para seus interesses. Por isso, fez força e reaproximou o Flamengo da CBF.
MAS ESSE IMPASSE pode dar força à Record para tentar, individualmente, comprar direitos de transmissão embora as dificuldades sejam as mesmas por força da Lei Pelé.
NOS DOIS CASOS, uma negociação individual retira o CADE do processo.
PARA GLOBO, a licitação estava muito organizada e isso não interessa à ela. O CADE estabeleceu condições de neutralidade no processo para o Clube dos 13, mas não pode interferir nos interesses individuais dos clubes.
NA FECHADA, ao contrário do que afirmara no post anterior, tanto a Oi como a Telefônica e a GVT estão participando das conversas, mas não sabemos se vão apresentar preços. A ESPN é parceira da Globo e recentemente trocaram conteúdo para livrar a barra da emissora carioca da suspeita de monopólio nas transmissões. Tanto que hoje a Globosat passa Campeonato Italiano e a ESPN passa a Copa do Brasil.
ACHO que, apesar de um contrato como este mudar completamente a base de assinantes, superando qualquer receita publicitária e qualquer programa institucional, a Globosat é a grande favorita. Mesmo sabendo que o PPV (Pay-per-view) interessa mais às operadoras que as empresas de canal como a SPORTV, da Globosat. A Sky tem um acordo com a Globosat para não comprar direitos esportivos e isso é uma grande vantagem para a emissora.
PARA os menores só a união entre eles, com base na Lei Pelé, poderão aumentar seu poder de barganha.
Escrito por Paulo Carneiro.
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