quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Vitória prevê dívida de R$ 4,5 milhões

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Carlos FalcãoAlém da redução do prestigio e do duro golpe no ego do torcedor rubro-negro decorrente da queda para a segunda divisão, o Vitória no ano de 2011, já estima uma dívida aproximada de R$ 4,5 milhões, garantiu, o vice-presidente do clube, Carlos Falcão, ao Jornal Correio, desta quarta-feira. Em compensação, este ano, o clube liquidou o parcelamento das dividas com o Exxel Group e planeja a construção de três novos campos de treinamento. Confira.

Se a volta pra Série A é uma incerteza da bola, um fim de 2011 com dívidas já é certeza nos planos financeiros do Vitória. O clube caiu pra Série B, mas vai destinar ao futebol profissional o mesmo valor da Série A 2010. Retornar ao quadro das 20 melhores equipes do país é obsessão na Toca. E, pra isso, uma dívida de R$ 4,5 milhões é prevista.

O único setor que ganha com a queda é a divisão de base. Este ano, o clube destinou R$ 2,4 milhões ao crescimento da garotada. No próximo ano, serão R$ 3 milhões. Uma queda será notória nos cofres do clube: a receita com bilheteria. A diretoria espera mais do que em 2007 (R$ 3.953.409) e bem menos que 2010 (RS 8.445.830). A meta será chegar a R$ 5 milhões - valores brutos.

“Ainda não definimos o valor dos ingressos para 2011. Vamos fechar nossa estratégia de marketing antes”, fala o vice-presidente do clube, Carlos Falcão. O valor do ingresso de arquibancada na Série B deverá ficar em R$ 30 e R$ 15.

Novidade

Apesar do débito anunciado, o clube terá uma dor de cabeça a menos em 2011. A dívida com o Exxel Group, ainda pelo Vitória S/A, já desativado, acabou. O último ano (2010) de parcelamento comeu R$ 2 milhões.

Entre as despesas de 2011, a construção de três campos, já projetados, de acordo com a diretoria, é a novidade. O clube ainda terá de fazer um ginásio de esportes e criar um estacionamento para justificar os R$ 3,6 milhões do governo do estado a serem injetados na conta do Vitória na próxima temporada.

Barradão

Dos R$ 5 milhões destinados ao pagamento de passivos, R$ 2,24 milhões são de dívidas trabalhistas no Tribunal Regional do Trabalho (TRT). O outro câncer nos cofres vem das despesas com os jogos. Só o quadro móvel da Federação Baiana de Futebol custou em média R$ 4.810,53 por jogo em 2010.

Ainda tem remuneração de arbitragem, impostos (ISS e FEASPOL, por exemplo), gasto com confecção de ingressos, entre outros. Bem mais leve para o clube, certamente, é o custo com a administração do Barradão, em torno de R$ 850 mil por ano - R$ 70 mil por mês.

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