sexta-feira, 7 de maio de 2010

Série A: Bahia faz a sétima tentativa de acesso

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No ano passado, nesta mesma ocasião, o Bahia estreava no Campeonato Brasileiro da Série B, jogando contra o Paraná Clube, no novíssimo estádio de Pituaçu, era um sábado e chovia. Ao final dos 90 minutos, deu Bahia 2x0, gols de Paulo Roberto e Reinaldo Alagoano. Antes disso, sentei frente desta tela e fui capaz de produzir alguns parágrafos de muita fé e esperança, fazia figa, apostava as fichas e também a mesa, no sucesso e acesso do Bahia.

Fui embalo, piamente acreditei que naquele ano, realmente, o brejo seria abandonado e o clube retornaria finalmente para a era do aço, com a chancela do deputado, a batuta do Paulo Carneiro, contando com os préstimos futebolísticos dos zagueiros Evaldo e Dedé, e do surfista Léo Medeiros que enganava no meio de campo. Ao final todos sabem, deu: Bahia 12º lugar, 15 derrotas, 14 vitória e 9 empates e algumas paqueras, causando a terrível sensação que poderia contrair um novo matrimônio na zona de rebaixamento.

Hoje, tudo zerado, lavado e novo, começa mais um campeonato para o Bahia. Enquanto recomeça o dilema, de ter que optar entre o desejo de acreditar, simplesmente por acreditar, ou se reservar para observar a realidade com certo ceticismo que adquiri, através desses seis longos anos, de sucessivas decepções e tentativas frustradas. Confira o que diz a Tribuna da Bahia sobre as expectativas do Bahia para o inicio da Série B.

Desde 2003, quando caiu para a 2ª Divisão do Campeonato Brasileiro, depois de ter ganho no ano anterior o Campeonato do Nordeste, nada mais deu certo para o Bahia, que amarga um longo jejum sem a conquista de títulos. Hoje à noite o tricolor baiano estreia na Série B, contra o América de Natal, no estádio do Parque Metropolitano de Pituaçu, iniciando pela 7ª vez a sua luta para voltar, a Série A, a 1ª Divisão do Campeonato Brasileiro.

Nos últimos seis anos, só em 2004 o Bahia esteve perto da 1ª Divisão, quando perdeu a chance de voltar à Série A, ao ser derrotado por 3 a 2, pelo Brasiliense, dia 11 de dezembro, em pleno Estádio da Fonte Nova, aumentando a crise do clube baiano, que no ano seguinte caiu para Série C do Brasileiro. Ao longo dos últimos anos, o tricolor teve dezenas de treinadores, centenas de jogadores, e uma série de crises administrativas e financeiras que só afundaram ainda mais o 2º clube com maior número de títulos Estaduais do Brasil, 43, contra 51 do ABC de Natal.

Em 2010, com uma nova política administrativa no Departamento de Futebol Profissional, sob Coordenação de Paulo Angioni, e o comando do time à cargo do técnico Renato Gaúcho, o Bahia estréia na Série B do Campeonato Brasileiro sem a confiança e o otimismo da torcida, que ainda amarga a perda do título do Campeonato Baiano para o Vitória, domingo passado, e aguarda os grandes investimentos, as contratações de “peso” prometidas para a gestão de Angioni para a formação de uma grande equipe.

Ao contrário das contratações, o Bahia está “enxugando” o Departamento de Futebol profissional com a liberação dos jogadores que não foram aprovados neste primeiro semestre, e logicamente não estão nos planos da Comissão Técnica para a disputa do Brasileiro. Até agora, seis jogadores deixaram o Fazendão, sem deixar saudades para a torcida: lateral direito Rafael, o volante Mateus, o atacante Lima, o lateral-esquerdo Daniel, e os atacantes Mário e Edílson, além do “deslocamento” do Gerente de Futebol, Eliseu Godoy, para a administração do time B, que vai disputar o Campeonato do Nordeste.

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