quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Renato não é super-man, nem o Atlético sua criptonita

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Essa matéria chegou do Correio Braziliense. Ela monstra os gritos de euforia da torcida do Bahia que se transformaram em súplicas por mudanças no clube. Renato, 15ª técnico do Bahia, após aqueda para a segunda divisão, afirma não ser super-herói, mas tem confiança no seu trabalho somente para superar a má fase do tricolor, que há três jogos não vence. Confira matéria interessante do Correio Braziliense

A melodia do hino do Bahia é uma súplica à coleção de troféus: “(...) Mais um, Mais um Bahia, Mais um, mais um título de glória (...)”. A galeria do clube fundado em 1931 exibe 43 estaduais, um Brasileiro (1988), uma Taça Brasil em 1959 — com vitória sobre o Santos de Pelé — e duas Copas do Nordeste. No entanto, desde o rebaixamento para a Série B do Campeonato Brasileiro, em 2003, a sina do fanático torcedor tricolor é contar o número de técnicos que tentaram ou tentam devolvê-lo à elite.

O mais novo candidato a super-homem, mascote do Bahia, é Renato Gaúcho. Embora seja mais famoso do que os 14 atores que o antecederam no papel, o ex-atacante não é de aço. Pousou em Salvador badalado, cheio de força, mas a série de três partidas consecutivas sem vitória — tal como a criptonita — ameaça enfraquecê-lo ou até derrotá-lo em caso de novo tropeço, hoje, contra o Atlético de Alagoinhas, pela sexta rodada do Campeonato Baiano. Nas últimas exibições, o Bahia perdeu para o arquirrival Vitória (2 x 0), para o Bahia de Feira de Santana 5 x 3), e tropeçou no Madre de Deus (0 x 0).

“Não quero ser super-homem ou super-herói. Quero ser apenas o Renato Gaúcho, ter tempo para devolver a alegria a uma torcida carente de ídolos e de títulos. O Bahia não conquista um título estadual faz nove anos e espera há sete pela volta à Série A”, planeja Renato Gaúcho, em entrevista ao Correio.

A declaração em tom de suplica tem os seus motivos. Internamente, alguns dirigentes começam a ver o candidato a herói como um possível vilão. Após a derrota para o Bahia de Feira de Santana, no domingo, houve uma reunião de emergência para discutir a situação de Renato. “O clube vive de vitórias e o treinador também, mas ele está com a gente”, garantiu o superintendente de futebol Elizeu Godoy.

Confiante, Renato Gaúcho não se rende. “Você mesmo acaba de me dizer que o Bahia teve 14 técnicos desde que caiu para a Segunda Divisão. Eu sou o 15º. Tenho a confiança do presidente (Marcelo Guimarães Filho) e vou concluir o meu trabalho. Só peço paciência. É preciso dar tempo ao tempo. Se não for assim, o Bahia terminará o ano com mais cinco técnicos nessa lista”, desabafou, escorando-se em um time grande. “O São Paulo tem um timaço e vive um momento difícil, por que eu não posso sofrer um pouco aqui no Campeonato Baiano?”, ironizou.

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