sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Nestor Mendes Jr: ‘O marketing não vai salvar o Bahia’

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Nestor Mendes JrO jornalista Nestor Mendes Jr. deve assumir a diretoria de marketing em 2010, substituindo Nilton Maia, contratado por Paulo Carneiro. Autor do livro ‘Bahia – Esporte Clube da Felicidade – 70 Anos de Glórias’, Nestor foi indicado pelo publicitário Fernando Passos, dono da Engenhonovo, o primeiro convidado, que declinou em função de suas atividades profissionais.

Passos e Nestor sempre estiveram juntos, no grupo oposicionista Unidade Tricolor, que inclui Reub Celestino e Fernando Jorge. Estima-se que a direção do Bahia tenha oferecido ao novo gestor de marketing o salário mensal de R$ 20 mil.

Jornal da Metrópole – Você assumirá o marketing?

Nestor Mendes Jr. – Ainda não sei. Estou conversando com os meus companheiros, avaliando a situação. Além disso, estamos negociando também a diretoria social para reorganizar o quadro de sócios e colocar alguns projetos em prática. Outra coisa que está dificultando é que eu ainda estou vinculado a um projeto em Angola e não poderia assumir o cargo agora.

JM – O que é preciso para assumir o cargo?

Nestor – Primeiro, compromisso, seja no marketing ou em qualquer outra diretoria. A torcida é o maior patrimônio do clube e não podemos esquecê-la.

JM – O que você acha da atual situação do Bahia?

Nestor – É complicada, mas isso é fruto de erros das administrações anteriores. Marcelinho tentou profissionalizar o departamento de futebol, mas o tiro saiu pela culatra. Aconteceram muitos erros porque o clube não tinha dinheiro e deixou tudo nas mãos de Paulo Carneiro e empresários. Mas quero deixar claro que não é o marketing que vai tirar o time dessa situação. Isso será apenas uma ferramenta. Precisamos reorganizar o clube, planejar tudo, buscar fontes de receitas e definir uma política de investimentos.

JM Você acha que Marcelinho acabou com a oposição?

Nestor – Não é o caso de acabar a oposição ou não. O presidente nos procurou, mostrou que está aberto ao diálogo, nos ofereceu cargos, abriu as portas e tem nos ouvido bastante. Para você ter uma idéia, somente agora fui a uma reunião do conselho deliberativo e não fui barrado por seguranças querendo saber aonde ia e o que ia fazer. Isso mostra que o clube está mudando, o que nos motiva a colaborar.

Sem futebol, mas com dinheiro.

Apesar do fiasco na Série B e das fracas arrecadações em Pituaçu, o Bahia pode terminar 2009 com os cofres cheios. Além de ter acabado a oposição, Marcelo Guimarães Jr. Também entrará para a história por ter se desfeito da sede social da Boca do Rio e ter vendido o Fazendão, caso as negociações com a OAS avancem.

A desapropriação da sede de praia para a Prefeitura foi aprovada pelo conselho deliberativo e pela assembléia geral, mas alguns setores do clube discordaram. A Prefeitura pagará ao Bahia cerca de R$ 25 milhões – parte será usada para quitar débitos com IPTU e ISS, e o restante será pago em títulos públicos. Por isso, Guimarães afirma não saber quanto ficará efetivamente nos cofres do clube, mas ele garante que o dinheiro será aplicado em patrimônio.

Outra transação mal explicada é a que envolve o Fazendão. O negócio com a OAS, que prometeu construir um novo centro de treinamento na Estrada do Coco ou na CIA-Aeroporto, é na base da “permuta”. Em troca, a construtora vai demolir o Fazendão para construir um condomínio, aproveitando o “boom” imobiliário na região do Aeroporto. O inexplicável é que foi investido algo estimado em R$ 1,2 milhão na reforma do Fazendão este ano, à custa de “amigos do clube e de Marcelinho”. Para quê? Com informações do Jornal de Metrópoles

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