de domingo, caderno de Esportes, um texto questionava a decadência do futebol carioca que já teve 03 dos 04 grandes clubes rebaixados a serie B nos últimos anos, sendo que o Fluminense chegou a serie C. O Flamengo há alguns anos ensaia cair para a “segundona” tendo melhorado a partir do ano passado.
Questionado porque se deu esse colapso no futebol carioca, o presidente do Fluminense foi enfático: “Nenhum clube se sustenta sem uma estrutura, sem um centro de treinamentos e um estádio próprio”. O Presidente do Botafogo corroborou com a afirmação. E eu também concordo. Vale ressaltar que o nosso rival de canabrava começou a aparecer para o futebol nacional a partir de sua estruturação. Depois do estádio dado de presente ao clube pelo então Governador João Durval e feitas melhorias no seu CT, o time de Canabrava apareceu para o Brasil.
É justamente por conta disso que defendo a gestão MGF. Como parte de suas primeiras ações, foram feitas melhorias significativas no Fazendão, construída uma academia e um centro de fisiologia, requalificado os campos e os gramados para treinamento e por fim, essa noticia de aproveitar parte dos recursos da venda da sede de praia mais o Fazendão em troca de um novo CT mais moderno e mais amplo. Concretizando-se estas ações, com certeza o Bahia voltará a ser o Tricolor de Aço que todos queremos ver.
Também vale destacar a coragem, a inteligência e a habilidade política de Marcelinho, homem que ocupa o segundo cargo mais importante da Bahia (atrás apenas do Governador). Conseguiu se unir a oposição, dando espaço e ouvindo os oposicionistas e soube habilmente rebater críticas desrespeitosas (me refiro aqui à protagonizada por Samuel Celestino, que não foi tão feroz com a desastrosa gestão de Petrônio Barradas).
Mas a gestão atual do Bahia tem errado em coisas simples, porém importantes. O principal erro foi o excesso de promessas, algumas não cumpridas ainda, e um marketing sub-aproveitado. Não podemos esquecer da política equivocada de preços dos ingressos que afastou o torcedor.
O clube tinha tudo para ter, na pior das hipóteses, 13 mil sócios atualmente. Bastava pra isso que a gestão atual aproveitasse a “euforia” do torcedor tricolor no início do ano quando a torcida festejava um estádio moderno e bonito, apelidado carinhosimante de “caldeirão tricolor” e também um time aparentemente bem montado que chegou na reta final do 1º turno invicto, na liderança (mesmo com um a jogo a menos que o rival) e real favoritismo ao titulo. Se o Bora Bahêa atual (com direito a voto) fosse lançado nessa época, teríamos hoje tranquilamente 13 mil sócios – torcedores (essa minha estimativa se baseia na média de publico de PituAÇO) e uma renda fixa mensal de R$ 260.000,00 provenientes das mensalidades.
Também as ações de Marketing demoraram muito a sair, a Loja física oficial até hoje não se concretizou e os balancetes do segundo trimestre não foram publicados ainda!!!! A transparência deve ser em qualquer instituição um valor e não uma jogada de marketing. Porque não se publicou os balancetes do 2º trimestre ainda? Porque não se estabelece um calendário anual para tal divulgação? O conselho Consultivo é consultado para alguma coisa ou é só figuração? Porque não se abre um canal direto entre o torcedor e o marketing do clube (um telefone e e-mail para sugestões)? Idéias boas e louváveis pipocam pela internet e o marketing não lê, ouve ou ver?!
Enfim, são criticas e perguntas que a gestão atual deve responder ao torcedor.
No mais, reafirmo que a decisão de reestruturar o clube e pensar em um novo CT e um estádio próprio é o fator mais positivo desta gestão, deixando de sê-lo apenas se o time ascender a serie A.
É difícil mas eu ainda ACREDITO!!!
Nenhum comentário :
Postar um comentário