segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Turbulencia recrudescida

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Enquanto buscava subsídios para escrever este texto, deparei-me com um artigo escrito no site http://www.barradaoonline.com.br/revista_artigo318.html, em link aqui mesmo no Portal Futebol Bahiano, que praticamente trata do mesmo tema que agora revelo.

Buscando apenas uma roupagem nova e especifica, também entendo que o mesmo dito por Renato Ribeiro autor do texto Profissionalização de fato: o maior desafio de Alexi, naquele sítio, vem sendo tentado, se não aplicado ainda integralmente no Bahia desta nova gestão de Marcelo Guimarães Filho. Assim como no Vitória de Alexi Portela, no Bahia de Marcelo Guimarães Filho a luta é grande para estabelecer nova cultura administrativa no futebol tricolor sem abdicar das vitórias imediatas e tão necessárias.

Não a toa tantas restrições que se buscou e ainda se busca impor com a presença de Paulo Carneiro, agora bem mais lembrado pelos resistentes à inovação, como torcedor rubro negro e não mais como Presidente do co-irmão. Tenta-se assim estabelecer um vínculo mais sólido ainda de Paulão com o rubro-negro, quando antes até torciam pela desvinculação dele ao quadro de conselheiro do Vitória, coisa que já se deu de fato, claro, tudo isso porque acusaram o golpe da transformação que essa nova gestão no Bahia vem tentando viabilizar, tanto pelo lado dos tricolores ressentidos quanto pelo lado dos rubro-negros temerosos do que pode acontecer com o Bahia daqui pra gente, pois que evidente está que a Bahia não mais aceita essa condição de coadjuvante no futebol baiano.

Alguns mais afoitos e irresponsavelmente, digo irresponsavelmente por serem profissionais de imprensa, não se conformam com uma provável ascensão tricolor, a partir dessa nova modalidade que tanto se luta para finalmente se aplicar, por isso lutam com unhas e dentes, apegando-se ao provincianismo do passado e apelam, quando em derrotas, para a mais vil das difamações, de que Paulo Carneiro é rubro negro infiltrado para terminar de abater o super homem já tão humilhado nessa década, mergulhado em crises.

O que vimos no Bahia de agora, depois de tantas tentativas vãs de sair desse calabouço em que se meteu é enfim indícios de profissionalização chegando a orbe tricolor, sem necessariamente abdicar das qualidades de paixão que cerca o ambiente do futebol. Houve momento em que duvidamos disso, pois que o próprio presidente do Bahia claudicou e pareceu ceder às pressões e andou dando pitacos no futebol, trazendo, inclusive, um treinador (PAULO COMELLI) à revelia do profissional (PAULO CARNEIRO) contratado para esse tipo de avaliação, mas felizmente o bom senso prevaleceu e a batuta voltou ao lado profissional para a superação.

Pode até acontecer do Bahia não conseguir o seu principal intento dessa vez, ascender à Série A agora, espero que consiga, mas as experiências até aqui mostram que o planejamento inicial, se não integralmente no seu conceito, mas é o que deve continuar a ser praticado, como por exemplo continuar a abertura do Clube de forma gradual, ampliação do quadro societário, democracia em expansão e principalmente investimento em infra-estrutura como caminho único capaz de levar o glorioso a situações definitivas, mesmo que não seja alcançado de forma imediata, mas para logo, logo, deixar de ser Time periférico frente às agremiações do sul sudeste.

Uma vez superado a rejeição ao nome de Paulo Carneiro, pois que aos poucos vai sendo esquecido e o Time continue vencendo, esvai-se o discurso oportunista dessa situação apaixonante. Outro imbróglio pode ser o próximo elemento complicador. Trata-se da proximidade das eleições majoritárias na Bahia.


“A turbulência recrudescida é a nova normalidade que impõe aos líderes compreender em profundidade e aceitar na íntegra esse contexto diferente, para em seguida desenvolver novas estratégias e novas práticas compatíveis, a fim de alcançarem o sucesso nos anos vindouros.”
“A melhor maneira para proteger as convicções planejadas (…) é manter-se em constante estado de alerta. (…) Para prosperar, primeiro é preciso aprender a sobreviver.”

Sobreviver nessa turbulenta exige mais do que os resultados imediatos no campo, algo mais abstrato, pois no futebol o sucesso nem sempre é linear, o fator humano tem um peso bem maior do que em outras atividades do cotidiano, mas sequer a sorte e a intuição podem ser desprezados, tudo requer mentalidade inovadora, planejamento sério e estratégia certa.

Os desvios estratégicos devem acontecer sempre, mas nunca de forma radical, pondo tudo o que ficou pra trás a perder, o maior risco por que passa um Time de futebol com tantos fatores políticos em voga é justamente ceder às tentações que eventualmente o insucesso passageiro traz.

Há que haver convicção no caminho que se quer seguir, preparando-se para uma Gestão pós-crise, pois que se não se preparar para o novo ambiente a ser conquistado, a volta termina sendo mais traumática do que o estagio ainda atual, temos aí diversos exemplos de Times que sobem e desce em seguida.

O Sport de Recife, para não citar outros tantos, é exemplo vivo, bem recentemente esteve no ápice dos resultados dentro de campo e agora luta desesperadamente para não voltar ao estagio de pouco tempo atrás, pior, vemos que do sucesso recentemente conquistado pouco, ou quase nada ficou.

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