Desde quando trinou o apito final do primeiro BAVI decisivo desse campeonato baiano de 2009, uma convicção se apoderou da torcida tricolor. Em geral, o conversê foi: O Baêa ganha essa! É mole! Foi assim desde quando nos levantamos dos assentos de pituaçu, ganhamos os portões de saída, cruzamos a paralela e adentramos o Centro Administrativo no caminho de volta pra casa e continuou durante toda a semana, culminando com a visita ao Fazendão nesse sábado pela manhã, para incentivar os jogadores, quando eles nos garantiram. Vamos vencer! Vamos ser Campeões! Podem comemorar! Principalmente Rubens Cardoso, o mais otimista, mas não foi assim que a banda tocou, até teve o Bahia amplas possibilidades de fazer bonito, não fosse essa praga que assola o tricolor, faz é tempo, tem ebó enterrado no Fazendão, podes crer!
Mas, não bastava vencer o vitória por 2 a 0 e ser campeão, afinal desde 2002 que o tricolor vem claudicando, precisava o tricolor vencer muito bem, mostrar a superioridade do momento apesar das divisões diferentes ainda, só assim a torcida do Bahia se daria por satisfeita de forma a apoiar incondicionalmente o novo trabalho para enfrentar a Série B com garantias de trazer a classificação à Série A, objetivo maior deste 2009 e talvez por isso, o segundo tempo de jogo foi totalmente diferente do jogado no primeiro, quando o placar necessário tinha sido construído.
Nesses anos todos em que acompanho o Bahia, nunca vi tanta convicção tanto absolutismo, como foi dessa vez. Inexplicável até, já que o tricolor veio na desvantagem o tempo todo, inclusive no número dos jogos. O tempo todo o Bahia ficou com uma partida a menos nas rodadas, ou seja, esteve sempre sobre a pressão, já que por conta disso, o adversário manteve quase sempre três pontos à sua frente. Com as pragas atiçadas contra o tricolor, de fato, ficam a cada dia mais difícil para soerguer o Baêa, parece missão impossível, são tantas as pragas que a coisa cada vez emperra mais. Infeliz do tricolor agora, pois precisa de heróis e herói não se constrói assim de repente.
Esse campeonato, perdido, teve para nós todos, um significado muito importante, não foi tão somente mais um campeonato perdido, como vem ocorrendo paulatinamente desde 2002. Dessa vez, simbolizou algo mais. Sentimos de fato, certa abnegação se acentuando entre os tricolores, talvez, o final dessas agonias anormais, seja compensado com o fim de um período negro, afinal o Bahia tem se confundido muito nessa década, de tal forma que perder campeonato baiano e demais frustrações passou a ser algo corriqueiro. A coisa ficou tão feia, que até a velha Fonte Nova ruiu. Parece mesmo praga! Leia o texto completo do amigo e tricolor Rui Carvalho aqui
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