Sendo assim, é possível considerar que desde o mais humilde tricolor até aos mais luxuriosos dirigentes do E.C.Bahia são responsáveis pelos destinos do Bahia. Não é possível num mundo de trocas e de inter-relacionamentos, em que todos nos situamos, considerar alguém isolado e enquadrá-lo num oásis livres de quaisquer responsabilidades.
A televisão, as rádios e os outros meios de comunicação fazem o papel da fofoqueira ou fofoqueiro do passado não tão remoto. Sem falar no espírito do patrimonialismo que não tem nada de inocente cujo estigma está num curto e terrível slogan: “rouba, mas faz”. Perguntar não ofende: Nesse entra e sai de jogadores, qual o crescimento patrimonial dos nossos dirigentes?
Há também uma luta ideológica. Ela se deflagra através de conceitos e afirmações que insinuam aos despreocupados torcedores que devemos separar política e futebol, não confundamos política partidária e futebol que devemos realmente separar. Mas, quando tentamos separar política e futebol, queremos na verdade legitimar algo ou esconder para os que deviam ser mais ativos torcedores as ações daqueles que efetivamente comandam e que só pensam em manter-se no poder.
É da cidadania que todos fiscalizem as ações daqueles que dirigem e exercem funções de direção. O Internacional-RS tem 75.000 mil sócios, por que o Bahia não abre o clube para que o sócio votar para presidentes e finalmente se faça uma auditoria independente nas contas do tricolor?
Enquanto isso, uma porção consciente e apta a fazer oposição à situação, que insiste em se prolongar no poder, é colocada à margem da instituição e tem que apelar para todos os meios legítimos a fim de se insurgir contra o que principalmente chamamos de cooptação de almas. É claro que o Bahia precisa de todos empenhados em reerguê-lo dessa situação em que ele está, mas não será pelo deboche de nossa inteligência que o farão.
Maurício Guimarães
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