domingo, 13 de abril de 2014

BA-VI e a decisão: O Bahia de sua torcida

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O Bahia que entrará em campo neste domingo será o Bahia de toda sua torcida. Não haverá espaço para as incertezas que atormentavam e dividiam seus torcedores quando ele entrava em campo nesta temporada; incertezas, diga-se de passagem, mais do que justificadas. Mas, agora não, porque o jogo de logo mais será jogado pelo velho Esquadrão de Aço, que nos últimos jogos, mesmo sem convencer seus mais otimistas torcedores, reuniu de novo em torno de si toda sua torcida. Seus milhões de torcedores (de torcedores e não de ressentidos com o time rival...) formarão uma unidade, tornar-se-ão um só corpo, uma só voz e uma só fé no sucesso do Bahia. 

Este jogo não seria grande coisa, se um bicampeão brasileiro não estivesse nele, afinal, em termos de futebol, o baianinho é quase nulo. Só o prestígio do Tricolor de Aço salva esta competição. Aliás, a histeria fedorenta que impregnou os ares de Salvador nesta última semana não deixou nenhuma dúvida de que a Bahia gira em torno do Baêa.

Mas, o sucesso do Tricolor neste jogo servirá tão-somente como justificativa para mais uma festa da cidade de São Salvador da Bahia, afinal a posse de 40 e tantos títulos domésticos – e a possiblidade de o Bahia ser ultrapassado é remotíssima – faz com que o próximo título seja apenas “mais um”, uma mera “estatística”. Não se trata de arrogância, mas da constatação do óbvio: por que a torcida que foi a primeira campeã brasileira se comportaria de modo histérico na disputa de mais um título doméstico? Por que ela insistiria em se orgulhar demasiado de novas conquistas domésticas quando ela tem “vocação nacional” e tem títulos locais para dar, emprestar e vender? Temos sede, sim, de mais um título nacional de primeira classe.

O elenco do Bahia dificilmente nos decepcionará neste domingo. O Clube fez contratações razoáveis, tanto que já podemos vislumbrar certas qualidades de alguns jogadores, mas, evidente, o teste será a série A. Entretanto há indícios de que, nas contratações, se a diretoria não acertou no atacado, acertou no varejo; e se não há elenco ainda para termos uma “banda” em campo, já existe um elenco que não justifica a existência de um “bando” jogando, como ao que assistimos na maior parte da temporada.

Estas contratações acertadas são a principal responsável pela felicidade que, desde domingo passado, se espraia por todo o Estado. Com relação a esta alegria da Nação Tricolor, eu não estou me referindo ao fato de o Bahia ter vencido a quem ele venceu, porque o metro para se medir um campeão brasileiro da série A tem de ser outro campeão brasileiro da primeira divisão (agora, quando times sem títulos de glória vencem um bicampeão brasileiro, eles devem sim registrar em seu currículo). Estou me referindo ao fato de que, mesmo com muitos problemas ainda, o torcedor está enxergando a luz no fim do túnel com referência ao Brasileirão deste ano, porque talvez, neste ano, não comecemos a competição abaixo de zero.

A cidade do Salvador está mais linda do que nunca! A cerveja vai rolar solta aos litros, aliás, a cerveja, a vodka, o uísque, a cachaça...

Dinensen

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