sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Fonte Nova: Um desafio depois da Copa do Mundo

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Fonte NovaO Bahia foi convidado como um dos principais viabilizadores para que a Fonte Nova depois de acabada a Copa tenha um destino semelhante ao que era antes: jogos do Bahia com grandes públicos. A atrativa praça deverá também criar no entorno do estádio receitas adicionais, devidadente estudadas, para tornar a Fonte um grande centro de lazer da família baiana. Muitas idéias serão estudadas para que tenhamos um modelo de sucesso com o que será o maior palco do futebol baiano. Confira na matéria do Jornal da Metrópole

Talvez o maior desafio a ser enfrentado com a nova Fonte Nova não seja a demolição e reconstrução do estádio. Com um orçamento estipulado inicialmente em R$ 600 milhões, mas com chances reais de extrapolar, o grande problema a ser enfrentado vai se configurar depois da Copa do Mundo de 2014: manter a sustentabilidade do que será a maior e mais moderna praça esportiva da Bahia.


Sabendo disso, o governo do Estado deixou bem claro no edital de licitação que será tarefa do vencedor convencer os clubes de futebol a fazerem suas equipes atuarem na Fonte Nova. Em bom português, caberão às construtoras Odebrecht e OAS, integrantes do único consórcio a participar da disputa, a gestão posterior do estádio. As empresas estão confiantes de que não terão tanto problema assim. Tanta segurança vem da parceria que o consórcio firmou com a holandesa Amsterdam Arena NV, conglomerado formado a partir de uma parceria público-privada entre a municipalidade de Amsterdam, o clube Ájax, patrocinadores e outras instituições privadas. O grupo comanda, há 15 anos, o Amsterdam Arena, estádio utilizado pelo Ájax. E tem experiência de sobra.

Por e-mail, o diretor da Odebrecht, Alexandre Barradas, explicou os motivos para o otimismo: “Há um rico conjunto de” aspectos positivos a serem explorados pelos clubes – a experiência da Amsterdam Arena e toda a capacidade de gestão trazida para o consórcio, além das características positivas da Nova Arena da Fonte Nova, como localização estratégica, acessibilidade e “pleno atendimento dos padrões Fifa, que certamente permitirão a presença de número significativamente superior de público em jogos de futebol”. É torcer para dar certo

Confiança no financiamento

Com os planos elaborados para manter a gestão da Fonte Nova durante os 35 anos a que terá direito prazo renováveis –, o consórcio OAS-Odebrecht corre agora para garantir financiamento prometido pelo governo federal. O BNDES disponibizará recursos da ordem de R$ 400 milhões por Estado-Sede da Copa, que serão utilizados na reconstrução a Fonte Nova a partir da divulgação oficial do resultado da licitação da constituição da sociedade de propósito específico (SPE).

“Serão acessadas outras linhas de financiamento, já devidamente trabalhadas na licitação. Também há o uso obrigatório do percentual de capital próprio”, explica Alexandre Barradas, diretor da Odebrecht. Além da Fonte, as empresas devem participar de mais dois projetos para a Copa. A Odebrecht tem planos no Recife, e a OAS, no Rio Grande do Sul, onde é desenvolvido um projeto de Arena Multiuso em parceria com o Grêmio.

Os investimentos

Demolição do atual estádio entre - R$ 25 milhões e R$ 27 milhões
Estacionamento R$ 40 milhões
Construção da nova arena - R$ 520 milhões
Contrapartida do governo - R$ 400 milhões
Total aproximado de investimentos - R$ 600 milhões

‘O estádio, em si, não é viável’

O regime de PPP possibilita que o governo tome o empréstimo de Até 75% do valor da obra junto ao BNDES, chegando ao teto de R$ 400. Milhões, para ser repassado às empresas. “É uma possibilidade, mas”. “Ainda não está definido”, ressalta o secretário de Trabalho e Esporte, Nilton Vasconcelos, acrescentando que o estádio, em si, não é viável: “Por isso, o consórcio tem de correr atrás de propostas para o entorno”. “Da Fonte Nova e, assim, obter receitas adicionais”. Segundo cálculos do Governo, caso a receita seja maior do que R$ 23,8 milhões, o valor será dividido igualmente entre o Estado e a iniciativa privada, o que ajuda a reduzir a contrapartida pública.

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