Pena é o desaparecimento, creio que em definitivo, do vermelho e branco, o glorioso Botafogo Sport Club, do comerciante Wilson Ferreira que, depois que os gafanhotos devastaram todo o gramado do seu campo de treinamento
Galícia e Ypiranga. Dois clubes tradicionais de Salvador jogam suas fichas em 2010 pra retornarem à elite do futebol baiano. E melhor, um colado no outro.
É que diferente dos anos passados, em 2010, dois times sobem pra primeira divisão. Boa oportunidade pra dupla da capital se juntar novamente a Bahia e Vitória na elite do Baianão. Os irmãos da capital caíram juntos em 1999 e não conseguiram mais se reerguer. Tá na hora de subir. O caminho não é fácil. Mas tradição é o que não falta prós dois.
O Galícia, clube fundado por imigrantes da região da Galícia, na Espanha, é o primeiro tricampeão baiano: venceu os estaduais de 41, 42 e 43. É dessa época o apelido “O Demolidor de Campeões”, pelo fato de sempre vencer grandes do país.
A possibilidade voltar à elite junto com o irmão Ypiranga anima os galegos. “Antes o jogo Ypiranga x Galícia era um clássico e dava muito público. Espero que possamos reviver isso de novo na elite”, afirma Raimundo Nonato, presidente do clube.
Mas, não é tão fácil assim. O Galícia, que já tenta voltar à elite desde 2006 alerta ao companheiro que nome na história não basta. “O Ypiranga sempre teve tradição. Mas futebol é qualidade, tem que ter um bom time. Tradição tem influência, mas não ganha jogo”, alerta Juracy Garrido, cheio de experiência, supervisor do Galícia.
Passado forte é o que não falta ao Ypiranga, time com dez títulos baianos. “O mais querido”, como é conhecido, está em processo de reestruturação, após dois anos parado. Hoje conta com o ex-goleiro Emerson Ferretti como vice-presidente. “O clube estava abandonado. Tivemos que atacar em várias frentes para poder voltar a atuar”.
COMANDO
O planejamento já começou. Diferente do Galícia, o clube aurinegro já conta com treinador para 2010: Sérgio Oliveira que passou pelo Colo Colo de Ilhéus. O time fechou uma parceria com a prefeitura de Simões Filho para sediar seus jogos no Estádio Edgar Santos. Tudo pra reduzir custos. Falta apenas um campo pra treinar, já que a Vila Canária, sede do clube, não está em condições. “Estamos atrás. Faltam campos em Salvador”, disse Valdemar Filho, presidente.
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