Trabalho de Vágner Mancini sofre contestação

Uma terça-feira de muita tristeza e expectativa pelas bandas do Vitória. Membros da diretoria e torcedores ainda não digeriram a goleada em pleno Barradão, por 4x1, frente ao rival Bahia, no domingo passado. Só mesmo com o passar dos dias é que pode acontecer a superação, porém o tempo urge, pois domingo haverá o segundo Ba-Vi do quadrangular final, no Estádio Jóia da Princesa, em Feira de Santana. Lá, o rubro-negro terá a oportunidade de buscar a reabilitação e continuar perseguindo o objetivo, que é a conquista do bicampeonato estadual. Depois, mais dois jogos decisivos, todos pelo returno do quadrangular e a necessidade de ganhar mais pontos.

No reinício dos trabalhos, hoje, os presidentes Jorginho Sampaio e Alexi Portela Júnior, do Vitória e do Esporte Clube Vitória, respectivamente, vão ter uma conversa com o técnico Vágner Mancini para cobrar dele explicações sobre a humilhação que a equipe causou aos torcedores no domingo. Foi a primeira derrota do treinador, porém de maneira contundente e que colocou o seu trabalho em xeque, inclusive dentro da diretoria. Conselheiros mais influentes já estão questionando a troca de Vadão por Mancini. Fundamentam-se que nos dois clássicos anteriores o time jogou de igual para igual com o adversário e perdeu ambos pela incompetência nas finalizações. Desta vez, a decepção foi total.

A estratégia de Mancini – time com três zagueiros e escalação de Willans Santana na ala direita – não deu certo e é o fato que continua sendo questionado. A diretoria ficou surpresa, principalmente com o posicionamento do garoto. É um jogador de velocidade, que treinou poucos minutos durante a semana pela esquerda e no jogou ficou perdido pela direita, deixando o corredor vazio para a fácil penetração do tricolor Ávine. Não adiantou o treinador fazer tanto mistério durante a semana, até com treino secreto. Na prática, o resultado foi o fiasco da equipe. Mancini usou os três zagueiros, mas depois mudou de idéia quando o jogo já estava 3x1. Em dois jogos, a defesa, tão criticado por ele, levou nove gols.