As equipes do Vitória e do Paraná (PR) começam a disputar a permanência na Copa do Brasil 2008 na próxima quarta-feira, 19/03, em Curitiba. O duelo entre baianos e paranaenses é marcado por forte rivalidade, iniciada na decisão do título nacional da 2ª Divisão em 1992.
O Vitória chegou à sua primeira decisão nacional com uma equipe de guerreiros mesclada por jovens oriundos das divisões de base. Borges, Agnaldo, Dourado, Arturzinho, Luís Carlos, Dão, Alex Alves e Vampeta eram as estrelas da companhia. Os dois últimos, no seguinte, ainda jogariam como juniores no time que ficou com o 3º lugar na Copa São Paulo de Juniores.
Tirando o ídolo Bebeto, era a primeira safra de jogadores oriundos da Toca do Leão que ganharia destaque nacional. A única antes da chegada de Newton Mota, que trouxe do rival Bahia um "caminhão" de jovens atletas naquele mesmo ano de 1992.
O Leão fazia uma campanha excelente na Segundona 92. Havia vencido 14 e empatado 9 vezes em 28 jogos disputados. Nas semifinais, aplicou 3x1 no Criciúma e alcançou as finais da competição com a vantagem de atuar por dois resultados iguais diante do Paraná Clube.
No primeiro jogo, em 05/07/92, desfalcado de Arturzinho e do capitão Agnaldo, suspensos, e Dão, machucado, o Vitória foi a Curitiba e perdeu do Paraná por 2x1, com Adoílson marcando duas vezes para os paranistas, e Alex Alves descontando para o Leão.
Com a necessidade de vencer o jogo de "volta", o Vitória teve o apoio da torcida - mais de 60.000 pessoas foram à Fonte Nova -, mas decepcionou. Apático, pouco produziu em campo, e acabou sendo derrotado por 1x0, gol de Saulo, atacante que, assim como Adoílson, desembarcaria anos depois na capital baiana para vestir a camisa do Leão da Barra.
O Vitória formou naquela partida com Borges, Candeia, Édson Santos, Agnaldo e Renato Martins; Dourado (Claudinho), Vampeta, Arturzinho e Luís Carlos; Édson Paulista e Alex Alves (Alex Barros).
Tabu e goleadas
A partir daí, o Vitória virou "freguês" do Paraná. Durante quatro anos, foram três triunfos paranaenses e quatro empates em sete jogos disputados.
No ano de 1993, um empate em Curitiba foi até benéfico para o Vitória, ajudando o Leão a alcançar as finais do Brasileiro da 1ª Divisão. O primeiro triunfo, no entanto, só aconteceu em 1996, no Barradão.
A utilização plena do Manoel Barradas fez com que o Vitória passasse a reverter uma série de tabus. Diante do Paraná Clube não foi diferente. Em sete jogos disputados no santuário rubro-negro, foram quatro triunfos do Rubro-Negro e dois empates.
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Você pode ler essa e outras reportagens sobre o Esporte Clube Vitoria acessando a Revista Barradão Online aqui
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